
Fundação SALVAR
CURSO RÁPIDO SALVAR KIDS
PREVENÇÃO DE ACIDENTES ENVOLVENDO CRIANÇAS
CONSELHO DIRETOR
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
CAPÍTULO 2
- Móveis da casa
- Instalações elétricas e eletrodomésticos
- Janelas, escadas, corredores e áreas externas
- Parquinhos
- Segurança em piscinas e riscos de afogamento
- Materiais de limpeza
- Salas de aula
- Laboratórios
- Nos intervalos / recreios
- Ginásio, campos e salas de atividades extraclasse
- No carro com a família
- Medidas de segurança ao prestar primeiros socorros
- Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) / engasgamento em bebês
- Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) / engasgamento em crianças
- Parada cardiorrespiratória em bebês
- Parada cardiorrespiratória em crianças
- Controle de hemorragias
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Teste de conhecimento 1
Questão 2) Cite três ações importantes a serem adotadas por uma pessoa que presencia um acidente
CAPÍTULO 2
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Figura 1 – O que o acidente com uma criança causa na vida das pessoas.
Teste de conhecimento 2
Questão 1) Qual é a melhor estratégia em relação a gastos com os cofres públicos: investir em atendimentos de emergência ou em prevenção?
CAPÍTULO 3
PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM CASA
Móveis da casa
- Optar por móveis com cantos arredondados. Se houver móveis dos quais não queira se desfazer e que tenham cantos afiados, coloque proteções macias, com bordas redondas nesses locais.
- Verificar a qualidade das maçanetas das portas (crianças podem ficar trancadas acidentalmente em cômodos e armários).
- Preferir cercados de malha para bebês.
- Verificar se todos os parafusos e ajustes do berço estão bem apertados, sem nenhum sobressalto.
- Se o colchão chegar da loja embrulhado em plástico, retire-o imediatamente e jogue-o fora.
- Guardar itens mais pesados nas prateleiras mais baixas ou nas gavetas inferiores.
- Comprar cortinas ou persianas sem cordas para evitar que crianças menores corram o risco de estrangulamento.
- O chão não deve ser de material escorregadio.
- Aplicar uma película transparente autocolante nos vidros das janelas, portas, tampos de mesa etc. Isso evitará estilhaços, caso se quebrem.
- Prateleiras ou armários instalados perto das camas; Mantenha-os longe. Os armários não devem aumentar os riscos de acidentes.
- Andadores com rodas.
- Travesseiros no berço do bebê. Escolha um berço adequado (certificado pelo Inmetro, conforme as normas de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT). As grades de proteção devem ser fixas e não terem mais que 5 cm de distância entre elas.
- Capa plástica para proteger o colchão ou outra parte do berço, que possa provocar risco de sufocamento da criança. O mesmo vale para qualquer bolsa de plástico que não tenha as extremidades com furos.
- Beliches aumentam o risco de queda de alturas elevadas. Se possível, não os compre. A cama deve ter grade de proteção até a criança completar cinco anos. Caso tenha este móvel, a cama superior não deverá ser usada por crianças com menos de seis anos e terá de contar com barreiras de proteção.
- Deixar crianças brincarem perto de mesas com tampo de vidro ou espelhos.
- Usar móveis instáveis (que possam ser facilmente puxados, derrubados e escalados) para áreas acessíveis às crianças. Deve-se ter também, atenção às cadeiras de balanço e reclinadores, em que os dedos da criança possam ser esmagados ou ficarem presos.
- Baús com tampas pesadas ou trancas, que podem fazer com que os pequeninos fiquem presos dentro deles ou que esmaguem os dedos ao serem fechados. Móveis leves, como bancos e cadeiras, que podem ser utilizados para subir em lugares mais altos. Mantenha-os longe do quarto das crianças.
- Portas de vidro em casa. Caso as tenha, sinalize-as em vários níveis para se tornarem visíveis às crianças em diferentes fases do crescimento (alturas).
Instalações elétricas e eletrodomésticos
- Usar fios isolados em locais adequados, como canaletas e condutores (tubos de plástico).
- Usar tomadas protegidas por tampas apropriadas (protetores), fita isolante ou escondidas por móveis, para evitar que a criança introduza algum material e receba uma descarga elétrica.
- Deixar tomadas desprotegidas e crianças brincando perto delas sem supervisão (Figura 2).
- Usar benjamins ou extensões com muitos aparelhos ligados na mesma tomada, pois podem ocasionar sobrecarga e curto-circuito na fiação.
- Deixar ventiladores ligados ao alcance de crianças.
- Deixar o ferro elétrico ligado sem adulto por perto. Crianças não devem brincar no local em que você esteja passando roupas.
- Permitir as crianças manusearem eletrodomésticos, como secadores de cabelos, sem acompanhamento de adulto. Todos os eletrodomésticos devem ficar longe de líquidos.

Figura 2 – Tomada desprotegida. Risco de choque elétrico para criança.
Janelas, escadas, corredores e áreas externas
- Certificar-se de que todas as janelas às quais a criança tenha acesso estejam travadas, trancadas ou adaptadas com travas, telas de proteção ou grades, para que não se abram mais do que 15 cm.
- Usar grades ou portões de proteção no topo e na base das escadas.
- Iluminar os corredores, de dia e à noite, e ter piso antiderrapante, sem tapetes e outros objetos que atrapalhem a circulação;
- Famílias que morem em edifícios e sobrados devem instalar grades e redes de proteção (com aberturas pequenas e resistentes ao estiramento) antes mesmo de o bebê aprender a andar.
- Deixar objetos espalhados ao longo das escadas.
- Permitir brincadeiras em escadas, sacadas e lajes.
Parquinhos no quintal
- Crianças sempre estarem sob supervisão de um adulto quando estiverem brincando nos parquinhos.
- Verificar se os brinquedos estão em boas condições e se são adequados à idade dos pequeninos. O piso deve absorver a queda (gramas, areia e borrachões com espessura acima de 3 cm).
- ConheçerConhecer os parquinhos em que as crianças brincam. No condomínio, por exemplo.
- Identificar equipamentos apropriados para a idade das crianças e verificar se estão enferrujados, quebrados ou contêm superfícies perigosas.
- Mostrar às crianças quais são os equipamentos apropriados para sua faixa etária.
- Certificar-se de que a criança, ao andar de bicicleta, patins ou skate, use roupas adequadas e tenha equipamentos apropriados de proteção, como capacetes, joelheiras e cotoveleiras. Assegure-se, também, que a prática dessas atividades ocorra em locais seguros.
- Só permitir que as crianças empinem pipas em campos abertos, com boa visibilidade, em local sem fios nem postes de eletricidade. Orientá-las quanto aos riscos do uso do cerol e de retirar a pipa que fique enroscada na rede elétrica.
- Usar roupas com capuzes ou cachecóis, que podem causar risco de estrangulamento durante as brincadeiras.
- Praticar empurrões, dar encontrões e se amontoarem. Ensine às crianças regras de comportamento nos parquinhos.
- Permitir que a criança brinque em brinquedos com altura superior a 1,5 m, pois o risco de lesão será quatro vezes maior se a criança cair.
Segurança em piscinas e riscos de afogamento
- Proteger piscinas com cercas de no mínimo 1,5 m, que não possam ser escaladas, e por portões com cadeados ou travas de segurança que dificultem o acesso dos pequeninos.
- Instalar alarmes e capas de piscina para dar mais proteção. Contudo, esses aparatos não eliminam totalmente o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas, sob constante supervisão dos adultos.
- Providenciar fixação adequada para o tanque de roupas e máquina de lavar.
- Esvaziar baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis depois do uso e os guardá-los sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças (PORTUGUAL, 2010).
- Deixar as máquinas de levar cheias de água e crianças por perto sem supervisão (figura 3);
- Deixar brinquedos ou outros atrativos próximos às piscinas e reservatórios de água (Figura 4);
- Fornecer boias e outros equipamentos infláveis, pois transmitem uma falsa sensação de segurança. Eles podem estourar, virar a qualquer momento ou serem levados pela correnteza. O ideal é que a criança use colete salva-vidas quando estiver em embarcações, próxima a rios, represas, mares, lagos e piscinas e ao praticar esportes aquáticos.
- Permitir que a criança nade sozinha. Ela deve aprender a respeitar as placas de proibição nas praias e outros locais.
- Permitir brincadeira de “empurrar” dentro d’água ou simular afogamento.

Figura 3 – Risco de afogamento na máquina de lavar.

Figura 4 – Criança atraída para a piscina por brinquedo. Risco de afogamento.
Materiais de limpeza
- Trancar e manter em suas embalagens originais as substâncias potencialmente perigosas, longe de medicamentos e de alimentos, fora da vista e do alcance das crianças.
- Preferir produtos que contenham tampas de segurança em suas embalagens. Elas não impedem totalmente que a criança abra o frasco, mas dificultam sua abertura por tempo suficiente para que alguém intervenha.
- Redobrar a atenção durante o uso de produtos venenosos ou tóxicos.
- Descartar adequadamente os produtos de limpeza que não estejam mais sendo utilizados.
- Ler o rótulo antes de utilizar qualquer produto de limpeza e seguir corretamente todas as instruções.
- Armazenar produto tóxico em outros recipientes que não os de origem, principalmente em garrafas de refrigerante, de suco, copinhos, dentre outros.

Figura 5 – Risco de envenenamento por ingestão de substância tóxica.
Teste de conhecimento 3
- Móveis da casa.
- Instalações elétricas e eletrodomésticos.
- Janelas, escadas, corredores e áreas externas.
- Parquinhos no quintal.
- Segurança em piscinas e riscos de afogamento.
- Materiais de limpeza.
CAPÍTULO 4
PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA ESCOLA
A escola é um local que possui várias divisões. Deve-se ficar atento ao risco específico de cada ambiente: salas de aula, laboratórios, ginásio, entre outros.
Salas de aula
- Manter os ventiladores em locais altos e inacessíveis às crianças.
- Usar carteiras e cadeiras novas, sem farpas de madeira, com pés protegidos por borrachas.
- Permitir que as crianças tenham acesso a tomadas elétricas defeituosas ou fios desencapados.
- Permitir crianças brincarem com tesouras pontiagudas.
- Crianças correrem dentro de salas com corredores estreitos entre carteiras e cadeiras.
- Deixar mochilas e material escolar nos corredores de salas entre carteiras e cadeiras.
- Crianças brincarem com lápis apontados virados para o rosto – especialmente contra olhos, ouvido, nariz e garganta.
Laboratórios e locais de aulas práticas
- Realizar experiências de aulas, como Ciências, em laboratórios próprios, com pessoas capacitadas e não em sala de aula comum.
- Realizar atividades de desenvolvimento com peças pequenas (reciclados, LEGO, tampas de caneta e afins) sem supervisão de adultos (Figura 6). Um adulto deve estar acompanhando as atividades para que as crianças não coloquem peças pequenas na boca.
- Deixar água derramada no chão. A limpeza e secagem do chão devem ser imediatas para evitar escorregões e quedas.

Figura 6 – Uso de objetos pequenos sem supervisão de adulto. Risco de engasgamento.
Nos intervalos/recreios
- É importante que as crianças corram e se divirtam. Mas em local aberto, sem guias rebaixadas, meio-fio, impedimentos ou locais onde possam tropeçar ou escorregar facilmente.
- Realizar o lanche/alimentação em local separado dos espaços para diversão.
- Manter crianças maiores, preferencialmente, separadas das menores, pois “encontrões”, colisões são desproporcionais e podem machucar os menores.
- Manter supervisão de adultos durante o intervalo/recreio – proporcional ao número de crianças no ambiente.
- Caso as crianças se machuquem, providenciar atendimento em enfermaria ou secretaria da escola imediatamente e se for o caso, devem ser atendidas por profissional da área de saúde.
Ginásio, campos e salas de atividades extraclasse
- Nas aulas de Educação Física, todas as atividades devem ser supervisionadas pelo profissional da área.
- Providenciar local adequado e preparado para as aulas de Educação Física. Locais improvisados podem gerar riscos não esperados e acidentes poderão acontecer.
- Usar materiais (bolas, cordas, cones, fitas e afins) adequados à idade, tamanho e peso das crianças que participarão das atividades.
- As crianças devem usar todos os materiais esportivos de prevenção ligados a cada esporte: caneleira para futebol, joelheiras para vôlei e assim por diante.
- Dividir os grupos de maneira focada no desempenho didático/acadêmico, podendo haver competições, mas proporcionais aos grupos e prevendo contato físico controlado, sem encontrões/trombadas/quedas.
- Aulas de artes marciais devem ser ministradas por profissionais que possuam habilitação e especialização específica, cientes dos desdobramentos das atividades e possíveis acidentes, focando em sua prevenção.
Teste de conhecimento 4
Questão 1) Descreva como devem ser realizadas as aulas de Ciências que envolvam experiências.
CAPÍTULO 5
PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRÂNSITO
Os riscos relacionados ao trânsito estão presentes em diversas situações, como durante travessias de pedestres e condução de veículos. Podem ocorrer atropelamentos, colisões, com possibilidade de lesões graves ou mesmo a morte dos indivíduos envolvidos. Deve-se ficar sempre atento ao trânsito, tanto na condução, como sendo passageiro ou mesmo pedestre.
Crianças a pé
- Crianças devem estar sempre acompanhadas por um adulto responsável quando transitarem em locais públicos.
- Ao sair de uma residência, sempre andar de mãos dadas com os filhos ou crianças sob as quais tem a responsabilidade.
- Ao atravessar uma rua, deve-se utilizar a faixa de pedestres (Figura 67), mesmo que seja necessário caminhar mais alguns metros para chegar até ela. O mesmo vale para locais onde a travessia é feita por passarelas elevadas. Dar bons exemplos é muito importante para a formação dos pequenos.
- Se for uma via sem faixa de pedestres, deve-se atravessar 90º, perpendicular à via, na menor distância possível e num local de onde se tenha ampla visão de todo o fluxo de veículos.
- Sempre que atravessar uma rua, narrar para as crianças a importância da segurança, ensinando a olhar para os dois lados antes de iniciar a travessia.
- Preferir atravessar em faixas de pedestres onde haja sinalização vertical (semáforo para veículos e pedestres).
- Na dúvida sobre o tempo restante de um semáforo para travessia de pedestres, não atravessar e aguardar o próximo ciclo para uma travessia segura.
- Em calçadas, deixar a criança do lado protegido (lado do quarteirão) e o adulto do lado da rua, ao andarem lado a lado.
- Em locais com passagens para uma pessoa por vez, verificar se é melhor o adulto ir à frente ou atrás, mas sempre de mãos dadas com a criança.

Figura 7 – Travessia correta, na faixa de pedestres.
No carro com a família
- Sempre usar o dispositivo de retenção (bebê conforto / cadeirinha / booster ou assento de elevação), pois mais que uma obrigação legal, é a garantia de segurança da criança em caso de acidente.
- Conhecer os estágios de desenvolvimento da criança e saber o momento certo de mudar o tipo de dispositivo de retenção para o veículo, para adequação ao tamanho e peso que variam muito rapidamente na infância.
- Afixar bem os assentos no banco do carro, para só então colocar os cintos de segurança do assento bem fixados à criança – as folgas devem ser mínimas, para garantir o conforto, mas não preterir a segurança.
- Ter cuidado com alimentação e brinquedos pequenos – a criança pode engasgar ou se sufocar enquanto os responsáveis estiverem atentos à direção do veículo e podem não perceber o ocorrido.
- É importante sempre ter alimentação e água para longas viagens, evitando hipoglicemia e desidratação das crianças.
- Se a criança estiver enjoando e com vontade vomitar, deve-se parar o carro em local seguro e devidamente sinalizado para dar atenção aos sinais. Um vômito sentado na cadeirinha de segurança pode vir acompanhado de aspiração e sufocamento severo.
- Em caso de acidentes automobilísticos, remover a criança para local seguro e sempre deixar um responsável junto à criança.
-
Permitir que a criança coloque ou tire o cinto de segurança sozinha. Essa é uma responsabilidade do adulto.

Figura 8 – Segurança para a criança com uso de dispositivo de retenção (cadeirinha).
Teste de conhecimento 5
Questão 1) Descreva a conduta correta para travessia de vias com uma criança.
CAPÍTULO 6
PREVENÇÃO DE ACIDENTES NOS ESPORTES
- Todo jovem esportista deverá ser avaliado pelo pediatra antes de iniciar a prática de atividades físicas.
- O tipo de esporte deve ser escolhido de acordo com a idade, o crescimento (peso e altura), o desenvolvimento global, as características, a habilidade e a preferência da criança e/ou do adolescente.
- Usar equipamentos de proteção, pois são indispensáveis para as atividades esportivas. Entre eles, estão capacete, luvas, caneleiras, protetores de joelhos, cotovelos e genitália ( Figura 9).
- A prática esportiva deve ser realizada com a presença de treinador capacitado e responsável para maior segurança. O atleta deve usar roupas e calçados apropriados ao esporte e manter-se bem hidratado, usando protetor solar para a prática esportiva sob o sol.
- É importante conhecer as regras do esporte, fazer aquecimento e alongamento e evitar treinamentos excessivos.
- A atividade só deve ser realizada se a criança e/ou adolescente estiver em boas condições de saúde e sempre sob a supervisão de um profissional da área.
-
Praticar esportes em locais improvisados ou inadequados, pois isso aumenta muito o risco de lesões.

Figura 9 – Exemplo de uso de equipamento de proteção para prática de esportes.
Teste de conhecimento 6
Questão 1) É seguro praticar esportes em locais improvisados? Por quê?
CAPÍTULO 7
ACIONAMENTO DO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA
Como dito ao longo deste material, a melhor forma de abordar os acidentes é através da prevenção. Contudo, se a prevenção falhar, deve-se ter em mente que em caso de acidentes será necessário pedir ajuda. LIGUE 193. Você será atendido por um teleatendente de emergência (Figura 10) e será orientado sobre o que fazer até a chegada de um veículo de emergência com profissionais capacitados.

Figura 10 – Acionamento do Corpo de Bombeiros Militar - 193.
Teste de conhecimento 7
Questão 1) Qual é o número de emergência do Corpo de Bombeiros?
CAPÍTULO 8
AÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS
- Bebês: indivíduos de zero (0) até um (1) ano de idade;
- Crianças: indivíduos que possuem idade acima de 1 ano até a puberdade;
- Adolescente/adulto: indivíduos que já se encontram na puberdade.
- Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE): ocorre quando um corpo estranho impede parcialmente (obstrução leve) ou totalmente (obstrução grave) a passagem do ar até os pulmões. Pode ocorrer por líquidos ou sólidos. Essa condição é popularmente conhecida como engasgamento.
- Parada Cardiorrespiratória: ocorre quando o coração não consegue bombear sangue de maneira efetiva para todo o corpo, juntamente com a incapacidade do sistema respiratório de cumprir sua função de captar oxigênio para o corpo. Uma parada cardiorrespiratória pode ocorrer por arritmia cardíaca, obstrução de artérias que irrigam o coração, hipóxia (muito comum em crianças e afogados), intoxicações, choque elétricos, dentre outros.
- Hemorragias: é uma perda aguda de sangue circulante. O sangue pode ser perdido de maneira interna (hemorragias internas) ou para fora do corpo (hemorragias externas). Pode ocorrer devido a golpes contra o corpo, cortes, quedas, atropelamentos e fraturas abertas.
Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) / engasgamento em bebês
- O bebê não consegue respirar normalmente;.
- O bebê não consegue chorar.;
- O bebê não consegue emitir som.
- O bebê respira, chora ou tosse com dificuldade.
- Execute 5 pancadas entre as escápulas, 5 compressões no tórax (Figura 11).
- Faça as pancadas e compressões até o objeto sair, o bebê respirar normalmente ou tornar-se inconsciente.
- Se o bebê se tornar inconsciente, verifique a boca à procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura. Caso não o encontre adote as condutas de parada cardiorrespiratória (descritas a seguir) até a chegada do serviço de emergência.
- Caso durante o primeiro contato com o bebê, ele já estiver inconsciente, adote imediatamente as condutas para parada cardiorrespiratória (descritas a seguir) até a chegada do serviço de emergência.
-
Mantenha o bebê no colo até a chegada do serviço de emergência e monitore-o constantemente para verificar se está respirando.

Figura 11 – Tratamento para obstrução total em bebês.
Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) / engasgamento em crianças
- A criança não consegue respirar normalmente.
- A criança não consegue falar.
- A criança não consegue tossir.
- A criança respira, fala ou tosse com dificuldade.
- Se a criança estiver consciente, porém com uma obstrução total (não consegue falar, tossir ou respirar), expressada pelo sinal universal de engasgo (mãos em volta do pescoço), inicie as compressões abdominais contínuas em J até desalojar o corpo estranho ou o paciente tornar-se inconsciente.
- Para realizar as compressões em J, posicione-se por detrás da criança, localize a cicatriz umbilical e coloque uma das mãos fechada entre a cicatriz e a região do diafragma (região que separa o tórax do abdômen). Pode-se usar como referência marcar dois dedos acima da cicatriz umbilical. Em seguida segure a mão fechada com a outra mão e faça as compressões para dentro e para cima, tendo a vítima como referência (Figura 12);
- Se a criança se tornar inconsciente, cheque a boca a procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura às cegas com o dedo. Caso não o encontre, adote as condutas para parada cardiorrespiratória até a chegada da emergência.
- Se durante o primeiro contato com a criança, ela estiver inconsciente, acione a emergência e adote as condutas para parada cardiorrespiratória.
-
Aacalmar a criança e mantê-la na posição sentada e monitorá-la quanto a presença de respiração até a chegada do serviço de emergência..

Figura 12 – Técnica de desobstrução em crianças (compressões em “J”).
Parada cardiorrespiratória em bebês
- Verificar se a cena está segura.
- Verificar se o bebê está consciente, estimulando os pés dele.
- Se o bebê estiver inconsciente, acionar o serviço de emergência ou pedir ajuda para que alguém o faça. Deve-se solicitar também um desfibrilador externo automático (DEA).
- Verificar se o bebê respira normalmente observando a expansão do tórax. Observe também a face com o objetivo de identificar uma respiração agônica. Faça isso num intervalo de tempo de 5 a 10 segundos.
- Posicione o paciente em superfície plana e rígida.
- Coloque 2 dedos imediatamente abaixo da linha dos mamilos, no centro do tórax (sobre o osso externo).
- Comprima 30 vezes, no ritmo de 100 a 120 compressões por minuto e cerca de 4 centímetros de profundidade.
- Após 30 compressões, realize 2 ventilações, se for possível (socorrista deve possuir treinamento e um dispositivo de barreira como uma máscara de ressuscitação).
- Não sendo possível realizar as ventilações, realize as compressões ininterruptamente;
- Após 2 minutos, o responsável pela compressão deve ser trocado, se possível, para evitar a fadiga ou a exaustão devido ao cansaço.
- Realize a RCP até a chegada do serviço de emergência ou até que a vítima volte a respirar normalmente e/ou restabeleça o estado de consciência.
- Se o paciente voltar a respirar e permanecer inconsciente, coloque-o lateralizado para a esquerda dele, para evitar obstrução das vias aéreas por líquidos e secreções.

Figura 13 – RCP em bebês, compressão.

Figura 13 – RCP em bebês, ventilação.
Parada cardiorrespiratória em crianças
- Verificar se a cena está segura.
- Verificar se a criança está consciente realizando estímulos nos ombros.
- Se a criança estiver inconsciente, acionar o serviço de emergência ou pedir ajuda para que alguém o faça. Deve-se solicitar também um desfibrilador externo automático (DEA);
- verificar se a criança respira normalmente observando expansão do tórax. Observe também a face com o objetivo de identificar uma respiração agônica. Faça isso num intervalo de tempo de 5 a 10 segundos.
- Posicione o paciente em superfície plana e rígida.
- Coloque a região inferior de uma ou duas mãos no centro do tórax, na metade inferior do osso esterno. Para saber quando usar uma ou duas mãos, compare o porte físico da criança e do socorrista. Crianças desproporcionalmente menores que o socorrista, use apenas uma das mãos. Caso contrário, use as duas mãos.
- Comprima 30 vezes, no ritmo de 100 a 120 compressões por minuto e cerca de 5 centímetros de profundidade;
- Após 30 compressões, realize 2 ventilações, se for possível (socorrista deve possuir treinamento e um dispositivo de barreira como uma máscara de ressuscitação).
- Não sendo possível realizar as ventilações, realize compressões ininterruptamente.
- Após 2 minutos, o responsável pela compressão deve ser trocado, se possível, para evitar a fadiga ou a exaustão devido ao cansaço.
- Realize a RCP até a chegada do serviço de emergência ou até que a vítima volte a respirar normalmente e/ou restabeleça o estado de consciência.
- Se o paciente voltar a respirar e permanecer inconsciente, coloque-o lateralizado para a esquerda dele, para evitar obstrução das vias aéreas por líquidos e secreções.

Figura 14 – RCP em crianças, com duas mãos.

Figura 14 – RCP em crianças, com uma mão.

Figura 14 – RCP em crianças, ventilação.
Controle de hemorragias
- Sangramento associado a lesões, como cortes, perfurações e lacerações.
- Realizar compressão direta com compressa ou pano limpo e seco, seguido de enfaixamento com bandagem. Esse é o método padrão para controle da maioria dos casos de hemorragias (Figura 15).
- Em sangramentos contínuos, deve-se sobrepor as compressas, sem a remoção da anterior até parar o sangramento.
- Acionar o serviço de emergência quando ocorrer grandes perdas sanguíneas.

Figura 15 – Controle do sangramento por compressão direta.
Teste de conhecimento 8
Questão 1) Quais os 3 sinais e sintomas de uma obstrução total de vias aéreas por corpo estranho em bebês? Qual a conduta para desobstrução?
REFERÊNCIAS
RESPOSTAS DOS TESTES DE CONHECIMENTO
Teste de conhecimento 2
Teste de conhecimento 3
Teste de conhecimento 4
Teste de conhecimento 5
Teste de conhecimento 6
Teste de conhecimento 7
Teste de conhecimento 8
PRÓXIMO EVENTO
-
MINICURSO GESTÃO DE RISCO DE BARRAGENS APLICADO À LEGISLAÇÃO MINERÁRIA
O minicurso visa potencializar de forma direta conhecimentos para atuação na GESTÃO DE RISCO DE BARRAGENS APLICADO À LEGISLAÇÃO MINERÁRIA,